sábado, 6 de fevereiro de 2010

Planta-homem

          A História é muito doida. Juntando todos os fósseis humanos já encontrados, pode-se traçar o caminho que a humanidade fez, a partir da África. Interessante. O continente tido por negro, desconhecido, é na verdade o berço do homem. Ou da mulher, no caso Lucy. Não é fascinante o quanto a História pode ir mudando completamente o mundo apenas com pontos de vistas diferentes?
          Qualquer aluno que receba educação básica já ouviu falar da escala evolutiva humana, passando pelo neandertais, cromagnons, erectus e muitas outras palavras ótimas de se por em uma forca. O pré-adolescente comum sabe saber que a espécie humana atual é Homo Sapiens Sapiens. Bem, será?
          Como muitas coisas na escola, às vezes se pode afirmar algo que será desmentido no futuro. A maturidade intelectual é deveras importante para que se possa compreender que resolver um sistema é, na verdade, achar a interseção entre os conjuntos soluções das duas ou mais equações a serem analisadas. Mas será que o homem chegou ao máximo de sua maturidade intelectual? Entendo esta característica como algo inalcançável, em sua plenitude. O que podemos, no entanto, é termos o máximo possível de vertentes filosóficas.
          Adotemos uma vertente pouco falada hoje em dia: a planta-homem.
          O mundo, a cada revolução industrial, parece assumir colorações mais cinza férrico e vermelho cúprico. Com o desenvolvimento de novas tecnologias e as pesquisas, vem a verdadeira fissão entre o mundo clássico e o atual.
          Antigamente, o homem tinha uma relação com a natureza de “amizade”, em grande parte devido ao politeísmo. Avaliando a crença grega antiga, vê-se vários deuses que representavam o homem e a Terra.
          Hoje em dia, vivemos as consequências da revoluções industriais. O verde está sumindo do mundo. Qualquer aluno do terceiro ano sabe quanto o Aquecimento Global é maciçamente trabalha nos vestibulares e em várias outras áreas. Todo mundo sabe que as plantas estão morrendo. Mas são só elas?
          Uma coisa que não é muito comentada é que o Homo Sapiens Sapiens tem uma característica especial. Ele é uma planta. Como assim uma planta? O homem tem suas raízes no mundo. São elas que nos permitem raciocinar perfeitamente sobre as coisas da vida. Ele tem os braços liberto para interagir com o resto do mundo.
          Essa visão pode levar a conclusões errôneas. Para clarificar uma delas, direi o que realmente mata a planta-homem: ela é uma planta que precisa de muita luz, por isso que toda hora a humanidade tenta chegar mais perto do pleno saber. O que vai pôr em extinção esta espécie é a caverna. Só há sombras neste esconderijo.
          Por que escrevi esta coisa muy lowca? Porque pretendo aqui fazer uma avaliação mental. Como sugere o nome, desisti de raios-X e tomografias da minha cabeça. O que farei é, sem melindres, nem morfinas, fazer uma autópsia em meu cérebro. Talvez ninguém me leia. Talvez o planeta inteiro me leia. O mais importante é que escrever estas coisas me proporciona um crescimento incomensurável. Com esses textos, sinto-me uma planta-homem cada vez mais afastada da caverna.
          Não fechei a quantidade de posts por determinado período de tempo. Deixarei fluir o mais naturalmente possível. Prometo tentar o quanto antes estar incluindo aqui poemas e contos do meu acervo.
          Sem mais delongas, beijinhos.

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