sábado, 10 de abril de 2010

Viva!





She's lost inside.
Lost inside.
Perdida no labirinto.
Tenta,
A todo custo,
Escapar das correias.
Atada está ao chão,
Solo hostil
Habitado por cobras.
Ouve cantos.
Salvação melódica,
Aquela voz
Emana força.
A cada batida
De seu vacilante coração,
Rompe os elos.
As amarras soltas,
Sente o sabor
Da sonhada liberdade.
Primeiro beijo,
Primeira transa,
Primeiro momento
Em liberdade;
Momentos,
Por si só,
Inesquecíveis.
Mas há algo estranho
Não consegue
Pôr-se de pé.
Mantém-se curvada,
Tal qual a velha
Que há muito
Sofre de cifose.
Homo curvadus,
Finalmente percebe
Que, pela extensão
Das correntes,
Nunca alongara
A coluna
As vértebras, pois,
Desconheciam como
Ficar empilhadas
Lá está Ela.
Pobre Ela!
Pôs-se a vida toda
A desejar.
Agora que,
Prematuramente,
Alcançou,
Não sabe como agir.
Never mind.
Conseguirá.
Parcela por parela,
A Vida alcançará
A postura ereta.
Vamos, Vida!
Não se esqueça
Dos cantos.
Sereianos ludibriam
A quase todos;
Alguns poucos,
Dotados de vontades
Puras como virgens,
Por eles
São ajudados.
Alimente-se
Da música.
Coma os versos,
Beba as notas.
Viva, Vida!
Viva!

Um comentário:

Fabio Martins disse...

Olha, pode parecer estranho, haha. Mas é tão bom, digo, agradável ler algo assim. O ruim é que eu sempre acho que há metáforas e outras figuras de linguagens não compreendidas por mim. :/
Mas parabéns, tens talento! (Elogio de um leigo de nada vale, mas e de um amigo?)